14/3/2007
SP perde US$ 1 bilhão em exportações com aftosa

Sem poder vender carne não processada para grandes compradores mundiais, como União Européia e Chile, devido aos focos de aftosa no Mato Grosso do Sul e Paraná registrados em 2005, São Paulo perdeu US$ 1 bilhão em exportações no ano passado.
Mesmo estando livre da doença há mais de dez anos.

O estudo que mensurou o prejuízo é assinado pelos pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA), Carlos Nabil Ghobril e José Sidnei Gonçalves.
O trabalho concluiu que, mantida a participação paulista nas exportações de carne não processada (68,8% no triênio 2002-2004), o faturamento dos frigoríficos deveria atingir US$ 2,3 bilhões e não US$ 1,3 bilhão, como o registrado em 2006.

"Enquanto São Paulo manteve o faturamento das exportações de carne no mesmo nível, o Brasil elevou as vendas externas.
Ficamos para trás", disse o secretário de Agricultura de São Paulo, João Sampaio.
O secretário aguarda agora a conclusão de mais dois estudos sobre o impacto dos embargos sobre os investimentos e o emprego.

A partir desse trabalho, o governo paulista pretende retomar uma antiga discussão: a autonomia dos estados em negociar o próprio status sanitário com os organismos internacionais. Entretanto, o Ministério da Agricultura alega que é uma tentativa inócua, já que o comitê técnico da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) exige que o governo do país seja o único a apresentar os argumentos para revisão do status sanitário.

Hoje, a OIE reconhece o status sanitário de livre de aftosa com vacinação os estados do Rio Grande do Sul, Rondônia, Acre, os municípios do Amazonas, Guajará e Boca do Acre, e Santa Catarina, que pode ser o único a ganhar o status de área livre de aftosa sem vacinação.



Fonte: O Estado de S. Paulo.

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