25/1/2007
Polônia: substituição de gado leiteiro pelo de corte

Reportagem do site Eurocarne informou que as penalizações que os produtores de leite da Polônia vêm sofrendo por ultrapassar a cota de produção determinada pela União Européia (UE) têm levado ao início de uma crise no setor leiteiro, o que tem conduzido a um processo de substituição do gado leiteiro por gado de corte.

Até pouco tempo atrás, a carne bovina não era um produto de grande consumo da Polônia, uma vez que tradicionalmente a política adotada pelas autoridades polacas era de estimular a produção avícola e suína, por entender que a produção bovina deveria ser destinada à produção de leite. Até 2002 não havia naquele país organizações que representassem os interesses dos produtores de carne bovina, existindo somente - com caráter consultivo e com pouca capacidade executiva - a Confederação dos Criadores de Bovinos de Carne, responsável por fornecer recomendações sobre as formas de criação, bem como de melhoramento genético. A partir de 2002, esta Confederação ampliou suas atividades, assumindo funções de representação que envolvem também os produtores de cria e engorda de bovino de corte.

Um número cada vez maior de produtores de leite poloneses com cota insuficiente para sua capacidade de produção está optando por esta alternativa. Eles dispõem das instalações, forragens e experiência para continuar na atividade pecuária e, por isso, vêm optando por trocar a produção de leite pela de carne.

Esta mudança não tem sido feita somente pelos grandes produtores, mas também pelos pequenos, que dispõem de pastos e que estão tendo dificuldades para cumprir com os requisitos higiênico-sanitários impostos pela UE para a produção de leite.

Por outro lado, para a produção de carne, sempre há mercado e, no caso de excedentes, é possível armazenar o produto até que os preços se recuperem. Além disso, a demanda na Europa por carne de qualidade é grande e continua crescendo. Os principais países produtores da UE que sofreram as conseqüências da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) se voltaram à Polônia, país livre da doença, de forma que há uma oportunidade de satisfazer uma demanda que ainda não atingiu seu teto.


Fonte: BeefPoint

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