18/1/2007
Exportações brasileiras de couros cresceram 34% em 2006

As exportações brasileiras de couros em 2006 cresceram 34%, aumentando de US$ 1,4 bilhão para US$ 1,87 bilhão, segundo dados elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil. Nos doze meses de 2006, os embarques de couros acabados foram 42% superiores em receita quando comparados ao período anterior. Em dezembro, as vendas externas registraram US$ 186,4 milhões, valor 41% superior aos US$ 131,9 milhões registrados no mesmo mês do ano passado. Já em volume, as exportações no mês de dezembro foram 20% maiores quando comparadas ao mesmo mês do ano anterior.

“A indústria de processamento de couros está aumentando cada vez mais sua participação no mercado mundial, a despeito das dificuldades representadas pelas altas taxas de juros, pela pesada carga fiscal e pela sobrevalorização do real sobre o dólar”, diz o presidente do CICB, Umberto Cilião Sacchelli.

Os principais destinos do couro brasileiro de janeiro a dezembro foram a Itália (participação de 26,86% e elevação de 52% ante 2005), China (participação de 20,30% e aumento de 52%) e Hong Kong (15,22% e incremento de 22%).

Estados Unidos, Coréia do Sul, Vietnã, Indonésia, Taiwan e Países Baixos foram outros mercados importantes para o produto nacional. O ano de 2006 registrou salto nas vendas para a Indonésia, cujas importações cresceram 286%, saindo de US$ 9,1 milhões para US$ 35,1 milhões.

Outro país da Ásia que manteve forte e contínuo aumento das compras do couro nacional foi o Vietnã, com aumento de 236%, de US$ 10,6 milhões para US$ 35,7 milhões.

Couro brasileiro movimenta US$ 21 bilhões

A cadeia produtiva do couro é um dos grandes motores da economia brasileira. O complexo industrial é formado pelos setores de curtumes, de calçados, de componentes, de máquinas e de artefatos de couro. A atividade movimenta receita superior a US$ 21 bilhões por ano, reúne 10 mil indústrias, emprega mais de 500 mil pessoas. Em 2006, as exportações do segmento coureiro-calçadista somaram US$ 4,5 bilhões.

O Brasil é um dos grandes produtores mundiais de couros – com o processamento ao redor de 45 milhões de unidades, além de maior exportador com embarques da ordem de 35 milhões de peças. Essa posição de destaque é explicada por diversas vantagens comparativas, a começar pela abundante oferta de matéria-prima. O País possui o maior rebanho bovino comercial do mundo, estimado em mais de 190 milhões de cabeças.

Essa quantidade é transformada em qualidade por um moderno parque industrial, operado por mão-de-obra das mais qualificadas do mundo. O nível tecnológico do setor é dos mais apurados em nível internacional, fruto de maciços investimentos na modernização de processos, que absorveram mais de US$ 300 milhões nos últimos anos. “A despeito das adversidades representadas pelas elevadas taxas de juros, pesada carga tributária, baixa cotação do dólar e demora pelo repasse dos créditos fiscais acumulados nas exportações, os embarques de janeiro a dezembro de 2006 cresceram 34% ante o mesmo período anterior, aumentando de US$ 1,4 bilhão para US$ 1,87 bilhão”, salienta o presidente do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), Umberto Cilião Sacchelli. O PIB da indústria curtidora brasileira é de cerca de US$ 3 bilhões e a atividade emprega ao redor de 45 mil pessoas.

Segundo o presidente do CICB, Umberto Sacchelli, a cadeia produtiva coureiro-calçadista tem potencial para exportar US$ 10 bilhões e gerar 650 mil novos empregos nos próximos cinco anos. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de calçados, quarto maior exportador e possui treze pólos industriais espalhados nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Paraíba e Bahia, cuja produção foi da ordem de 720 milhões de pares em 2006.

Fonte: Fleury Tavares – Comunicação CICB

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