7/12/2006
Sanidade: UE avalia plano apresentado pelo Brasil

O governo brasileiro informou à UE como pretende cumprir as exigências sanitárias impostas por Bruxelas às exportações de carnes. O documento será avaliado em Bruxelas que, em fevereiro de 2007, promoverá uma visita de inspetores para comprovar se o Brasil de fato cumpriu o que prometeu. A UE avalia a possibilidade de impor restrições para carne de porco, carneiro e ovelha do Brasil.

O documento se refere às recomendações que os europeus fizeram ao Brasil de visita em setembro, quando os europeus propuseram novas medidas de controle. Uma delas foi a de pedir ao governo que revisasse suas diretrizes sobre o que deveria ser feito quando há um rumor de surto de aftosa. Outra medida é a de treinar inspetores e de realizar uma avaliação sobre o sistema laboratorial do país.

O governo, em sua proposta, mostrou que as normas e diretrizes estão sendo revistas por um grupo de trabalho e apontou que o novo treinamento de inspetores da vigilância sanitária deverá ocorrer nos próximos meses. Certos países, como a Irlanda, e produtores de alguns setores, insistem que o Brasil deve ser punido por não adotar as normas européias em termos de controle sanitário.


Revisão dos mecanismos de proteção comercial


Bruxelas iniciou hoje sua primeira revisão de seus mecanismos de defesa comercial dos últimos dez anos e que poderão dificultar a aplicação de medidas antidumping pelos europeus contra produtos importados.

Mandelson abriu um debate que durará até março sobre como devem ser reformadas as leis de antidumping e salvaguardas. Pela proposta da UE, ficaria mais difícil para as empresas pedir essas proteções. Peter Mandelson, comissário para o comércio na UE, cansado de enfrentar protestos de protecionistas europeus por mais barreiras, quer que consumidores e importadores também sejam ouvidos no processo.

A iniciativa da Europa tem como objetivo ainda facilitar a vida das empresas da própria região que optaram nos últimos anos por distribuir sua produção em regiões fora da Europa. Muitas delas produzem em outras regiões e importam para o mercado europeu. "Numa economia global em plena transformação, precisamos estar seguros de que nossos instrumentos de defesa comercial e o seu uso levam em consideração as novas realidades da globalização", afirmou Mandelson.


As informações são do Estadão/Agronegócios.



Fonte: BeefPoint

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