6/11/2006
Couro brasileiro deve exportar US$ 1,8 bi em 2006

O Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com apoio da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), está abrindo espaços para a participação do couro brasileiro no mercado internacional, em especial nos segmentos de maior valor agregado.
Por meio do Programa Brasileiro para Expansão da Exportação de Couro, também denominado Brazilian Leather, as duas entidades reforçam e viabilizam a presença de empresas nacionais em feiras e exposições internacionais.
O objetivo estratégico do programa é aumentar os embarques de couros do País, de US$ 1,5 bilhão apurados em 2005 para US$ 2,4 bilhões até 2008, em um negócio em que a cadeia coureiro-calçadista movimenta mais de US$ 44 bilhões no mundo, segundo dados da ONU de 2001.
“O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de couros, e uma abordagem comercial mais agressiva, por meio do programa Brazilian Leather, respalda o esforço de abrir mercados para os produtos acabados, gerar divisas para o País e criar novos postos de trabalho”, afirma o presidente do CICB, Umberto Cilião Sacchelli.
De fato, o desempenho das exportações do setor atesta o sucesso da iniciativa. Os embarques de couros até setembro somaram US$ 1,51 bilhão – receita 32% superior a igual período de 2005 –, devendo totalizar US$ 1,8 bilhão no ano, com embarques ao redor de 35 milhões de peças, calcula o presidente da entidade. Uma das principais estratégias de ação é o apoio às empresas do setor para participar em feiras, mostras e exposições internacionais, promovendo maior visibilidade dos produtos brasileiros e proporcionando a oportunidade de contato e de negócios diretos com grandes importadores.
Como resultado desta estratégia, nada menos do que 66 indústrias curtidoras marcaram presença em seis feiras internacionais realizadas este ano: India International Leather Fair, em Chennai, Índia; Asia Pacific Leather Fair, em Hong Kong; Shoes & Leather, em Gungzhou, China; All China Leather Exibition, em Xangai, China; Le Cuir a Paris, em Paris, França, e Lineapelle, em Bolonha, Itália.
Outro esforço realizado pelo CICB, em parceria com a Apex-Brasil e com a Associação das Indústrias de Curtumes do Rio Grande do Sul, foi o Projeto Comprador, cujo objetivo é estreitar o intercâmbio comercial entre os curtumes nacionais e os importadores. O projeto, realizado durante a 30ª Fimec (Feira internacional de couros) e a 7ª Courovisão (maior mostra de tendências do setor coureiro-calçadista), em Novo Hamburgo, RS, trouxe empresas dos Estados Unidos, Vietnã, Coréia do Sul, Índia e de vários países da América do Sul, para conhecer o parque industrial coureiro-calçadista.
“Com iniciativas dessa natureza, o couro nacional reafirma a posição de liderança do Brasil no cenário internacional e abre a oportunidade para que um maior número de empresas passe a atuar no mercado externo, contribuindo para a balança comercial do País”, diz o presidente do CICB, Umberto Sacchelli.
O CICB representa as 800 empresas que atuam na produção e processamento de couros espalhadas em todo o território nacional, empregam 44,7 mil pessoas e movimentam cerca de US$ 2,5 bilhões

Fonte: Comunicação CICB

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