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13/11/2013
Mesmo com Marina, Campos tenta conquistar agro

O governador de Pernambuco e provável candidato do PSB à Presidência em 2014, Eduardo Campos (PSB), usou toda sua retórica ontem à noite, para convencer líderes ruralistas que continua a ser uma opção de confiança para os empresários do agronegócio brasileiro. Ele se reuniu com as principais lideranças do setor no hotel Renaissance, na capital paulista.
O encontro foi pedido por Campos, já que os ruralistas viram com muita desconfiança a aliança entre ele e a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
"Esta aliança da Marina com o Eduardo Campos é uma aliança que nos preocupa imensamente em função da influência que ela pode exercer sobre o Eduardo Campos, que é uma figura nova, que tinha no setor rural uma boa acolhida, mas agora estamos duvidosos, diz o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho, que participou da reunião.
Sobre Marina, Ramalho acrescenta que "ela não é bem vista no setor rural brasileiro, tem comportamento que nos marginaliza, fez declarações claríssimas sobre o segmento ser atrasado e está equivocada, somos o setor mais competitivo da economia brasileira".
Na avaliação da SRB, o apoio à candidatura de Campos passa, obrigatoriamente, por um compromisso público, que explicite o respeito e atenção à pauta dos ruralistas.
"Ele tem que nos mostrar que é um político no qual podemos continuar a confiar. Quem quer ser presidente da República não pode seccionar um setor, ainda mais o nosso, que é elogiado no Brasil e lá fora."
Ramalho frisa que espera ouvir Campos verbalizar, publicamente, que respeita o setor. "E que vai interagir conosco, que vai nos ouvir, vai ter nos atender nas políticas públicas que pensa em adotar. Queremos um compromisso público, uma declaração na qual mostre que apoia o setor rural brasileiro, que vai atender nossas reivindicações, que a presidente Dilma não tem resolvido".
Marco regulatório
Entre as demandas prioritárias do campo, o presidente da SRB destaca a segurança jurídica. "Esta é a nossa prioridade zero. Passa por uma estabilidade de políticas e normas. A política indigenista, por exemplo, tem que ser clara, tem que proteger o índio e a propriedade, as usinas que vêm sendo construídas no Amazonas, que proteja o produtor rural que produz numa área há cem anos. Temos que ter políticas claras.
Outra preocupação enfatizada pelo líder ruralista é a preservação do setor sucroalcooleiro.
"Trabalhamos o Pró-Álcool desde 1970 e a Petrobras em dois anos está destruindo o setor sucroalcooleiro.
É setor sem nenhum investimento, isto é problema. É preciso ter clara definição disto. Vamos diminuir a produção? Então vamos, cabe então tratar publicamente, com transparência."


Fonte: informações do DCI

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