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30/10/2013
Pecuaristas gastarão R$ 45 mi com vacinas

A segunda e última etapa de 2013 da campanha de vacinação contra a febre aftosa, em Mato Grosso, vai demandar desembolsos de cerca de R$ 45 milhões para a cobertura de 100% dos rebanhos bovinos e bubalinos, como preconiza esta última fase. No próximo mês, todos os animais de mamando a caducando deverão ser imunizados contra a doença. Mato Grosso possui o maior rebanho de bovinos do país, com mais de 28 milhões de cabeças.
Como frisa a Associação dos Criadores do Estado (Acrimat), todo esse investimento é arcado em 100% pelo pecuarista e a etapa que finaliza a campanha neste ano sairá mais cara, já que a dose a ser comercializada no Estado registra reajustes entre 30% e 40%, custando agora algo entre R$ 1,55 a R$ 1,60.
Como destaca a Acrimat, em maio, durante a primeira etapa, o custo da dose variou entre R$ 1,05 e R$ 1,20.
A nova etapa de vacinação no Estado vai de 1º ao dia 30 de novembro e é voltado para todo rebanho, ou seja, todas as idades. Na região do Pantanal, a imunização poderá ser feita até o dia 10 de dezembro.
“Apesar da alta nos preços, os produtores devem manter seu compromisso com a sanidade animal”, aponta a Acrimat.
Ao todo, o desembolso dos pecuaristas deve chegar a R$ 45 milhões, somando o rebanho do Estado, o valor unitário de casa dose e os custos de manejo, uma vez que neste período de chuvas a condução do gado é mais difícil e pode ocasionar perdas de pesos ou até alguns imprevistos como pequenos acidentes e os custos com mão de obra. O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, explica que os gastos com a vacinação não deixam de ser um investimento do produtor para a manutenção do status sanitário do Estado. “O pecuarista reconhece a importância da vacinação para manter o rebanho livre da aftosa, o que garante mercado para nossa carne. Apesar de mais cara, o pecuarista não deixará de vacinar”. Há 17 anos não registro de aftosa em Mato Grosso, garantindo o status de livre de aftosa com vacinação concedido em 2000 pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês).
O compromisso é reafirmado pelo pecuarista Marcos Jacinto, de Gaúcha do Norte (595 quilômetros ao norte de Cuiabá). “Nosso comprometimento não é atingido pelas variações de preços, até porque, entre o começo do período de vacinação e final há uma redução no valor da vacina. Além disso, há anos a vacinação já integra as atividades da pecuária de corte”. O pecuarista avalia que o acréscimo no preço da vacina é normal sempre que uma etapa começa, mas, que depois, até mesmo para aliviar o estoque, laboratórios e empresas reduzem esta margem.
“Os laboratórios sabem da obrigatoriedade da vacinação e por isso adotam o preço que querem. Podemos observar ao longo desses anos que sempre há uma redução no preço ao fim da etapa e se isso ocorre é porque as empresas trabalham com uma margem de lucro majorada”, analisa Jacinto.
O gerente de uma rede agropecuária, Genésio Puhl, explica que se avaliado o preço nos últimos dois anos é possível identificar que a variação não foi tão grande, uma vez que em 2011 a dose chegou a ser comercializada por R$ 1,30. “Comparando com 2011, o aumento é pequeno. Final do ano passado e em maio deste ano é que houve uma redução mais acentuada no valor, mas que agora foi reajustada”.
A compra das doses é permitida a partir do dia 1º de novembro e a expectativa do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT) é que mais de 28 milhões de animais em mais de 100 mil propriedades sejam vacinados.
O descumprimento da obrigação dentro do período estipulado acarretará em uma multa de 2,25 Unidades Padrão Fiscal (UPFs) por animal, o que representa R$ 230,28. A comunicação ao Indea/MT sobre a vacinação deverá ser feita até o dia 10 de dezembro, exceto para região do Pantanal.



Fonte: Diário de Cuiabá

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